A quantidade de carinho que bebês recebem pode afetar o DNA
Atualizado: 4 de dez.
A quantidade de abraços, beijos, carinho e contato íntimo e reconfortante que bebês recebem pode afetá-los positivamente a nível celular. O dado é de um estudo da University of British Columbia publicado Cambridge University Press em 2017.
A equipe pesquisadora enfatiza que ainda é cedo para ter conclusões sobre o que causa as mudanças, mas poderia dar aos cientistas algumas ideias úteis sobre como o toque afeta o epigenoma. Epigenoma são as mudanças bioquímicas que influenciam a expressão gênica no corpo.
A Pesquisa
Os pais de 94 bebês documentaram em diários hábitos como tocar e abraçar a partir de cinco semanas após o nascimento, e registrando o comportamento dos bebês - dormindo, chorando, etc. Quatro anos e meio depois, amostras de DNA foram tiradas das crianças para analisar uma modificação bioquímica chamada metilação do DNA. É um mecanismo epigenético no qual algumas partes do cromossomo são marcadas com pequenas moléculas de carbono e hidrogênio. Esse mecanismo muitas vezes muda a forma como os genes funcionam e afetando sua expressão.
Os pesquisadores descobriram diferenças de metilação do DNA entre crianças de "alto contato" e crianças de "baixo contato" em cinco locais de DNA específicos. Desses cinco locais de DNA, dois estavam dentro de genes: um relacionado ao sistema imunológico e outro ao sistema metabólico. A metilação do DNA também atua como um marcador para o desenvolvimento biológico normal e os processos que o acompanham, e também pode ser influenciada por fatores ambientais externos.
Também houve o marcador da idade epigenética, o envelhecimento biológico do sangue e dos tecidos. Este marcador foi menor do que o esperado nas crianças que não tiveram muito contato quando bebês, e tiveram mais sofrimento em seus primeiros anos, em comparação com a idade real. "Em crianças, achamos que o envelhecimento epigenético mais lento pode refletir um progresso de desenvolvimento menos favorável", disse um dos integrantes da equipe, Michael Kobor.
Artigo do site drmomma.org
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